Que mania as pessoas tem de julgar pelas aparências! Como isso me tira do sério! E fico mais incomodada ainda por saber que também faço isso (todo mundo faz, não sou hipócrita). Mas normalmente eu julgo por alguma atitude, não por um pedaço de pano, cabelo ou par de sapatos.
Se eu uso tal corte de cabelo, vão dizer que sou ridícula. Daí eu pergunto: quem é que passa por ridículo, eu que estou com um cabelo tão colorido que pareço uma arara, ou as pessoas que me julgam maluca porque eu resolvi tingir as madeixas? Quem é mais ridículo: o cara que tem os braços e pernas inteiramente tatuados, ou as pessoas que o julgam um drogado, vagabundo? Quem é mais ridículo: o fulano que fala difícil e cheio de fazer citações, ou as pessoas que o julgam uma pessoa culta por isso?
Esse senso comum de ridículo me confunde.
É muito fácil julgar. Assim como é muito fácil ser uma pessoa irreverente e vanguardista - no seu mundinho. Chutar o balde pra tudo, ligar o foda-se, não se importar com nada – e ser completamente influenciável pelo meio. E na primeira oportunidade de ser repreendido por alguém querido - mãe, pai, amigos, marido - para tudo e volta à estaca zero.
Típico de gente que pensa ter personalidade ...tem porra nenhuma.
A nossa vaidade gostaria que o que fazemos melhor fosse considerado como aquilo que mais nos custa. Para explicar a origem de certas morais.
(por isso que eu adoro Nietzsche!)
26 março, 2009
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1 comentários:
Esse post me lembrou muito aquele meu. Você também achou?
Eu reparei que por conta de experiências que eu tive (e você foi uma delas), quando vejo alguém de piercing, tatuagem, vestindo preto e etc, acho que é gente boa! Porque todos os que eu conheci com esse visual eram!
(já eles não me olham assim. É estranho simpatizar um monte com alguém e não ser correspondida!)
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